quinta-feira, 30 de agosto de 2012



Sou o membro mais novo da  família, tenho 9 dias cá em casa!
Além de comer e dormir, bocejo, espreguiço-me e começo a ronronar.        
É uma tentação, ficar a dormir na concha da  mão!!!






Cheguei há 10 dias a casa!
Hoje abri pela primeira vez os olhos, são brilhantes mas não se consegue ver a cor,
a luz incomoda-me e eu escondo-me.
Adormeço tapadinho, de seguida dou umas voltas na cama e fico em cima da minha mantinha,
esta colorida que eu gosto tanto :)
Quando cheguei era muito refilão, perdi-me da minha mãe e tinha saudades além de fome e frio, deve ser por isso que me chamam Buzinas. Ainda não sei se gosto, por isso não respondo...

terça-feira, 28 de agosto de 2012



É urgente o amor. 
É urgente um barco no mar. 

É urgente destruir certas palavras, 
ódio, solidão e crueldade, 
alguns lamentos, 
muitas espadas. 

É urgente inventar alegria, 
multiplicar os beijos, as searas, 
é urgente descobrir rosas e rios 
e manhãs claras. 

Cai o silêncio nos ombros e a luz 
impura, até doer. 
É urgente o amor, é urgente 
permanecer.

Eugénio de Andrade




sábado, 25 de agosto de 2012



é sempre
uma história de amor:

a árvore
que se afeiçoa ao pássaro


o sol
que se liga à água

os olhos
que se prendem ao mar

gil t. sousa



segunda-feira, 20 de agosto de 2012




Aqui fica um projecto feito com amor...

Vale a pena aceder ao link e ver que para além da destruição provocada por muitos  há quem se preocupe e faça algo para modificar o instituido... 

O sofrimento que é provocado pela falta de cuidado e de respeito para com a Natureza!!!

Midway







domingo, 19 de agosto de 2012



ALUA

Eu sou a Lua, 
Tenho noites frias e dias brilhantes, Tenho pedras grandes e outras feitas em pó. O vento não assobia, O silêncio é enorme do tamanho da cratera mais pequena. Eu prendia-me aos teus caracois e deslizava para os teus ombros, queria ver a Terra azul como azul são os teus olhos...


José da Costa


sábado, 18 de agosto de 2012



o tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias, 
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo, 
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer. 
eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar, 
que eu amava quando imaginava que amava. era  a tua
 voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto. 
era a tua pele. antes de te conhecer, existias nas árvores 
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde. 
muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade.


José Luís Peixoto





terça-feira, 14 de agosto de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012




As sem razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade