sexta-feira, 22 de setembro de 2023

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

quarta-feira, 27 de maio de 2020



Cada um de nós!

Cada um de nós, sozinho, é só.
Só uma folha errante que vagueia breve,
e onde vez por outra, vêm dormir,
aves de tristeza e solidão.
Cada um de nós é uma semente leve,
e de si próprio, o seu próprio rumor,
inseguros na distância da união,
agarrados ao vento futuro que está por vir.
Incapazes só por si de se tornar flor,
Cada um de nós é do outro o amor.
E que tristeza tão fugaz estas mãos de pena,
que nem se vêm,
que fechadas no sono de tantos tremores,
estas mãos não são nem sequer flores,
que se ofereçam aos nossos amores.
Abertas,
são apenas abandono,
fechadas,
são pálpebras carregadas de sono.
Cada um de nós, sozinho é nada,
semente morredoira em chão infértil,
flor murcha em mão desolada,
uma face perdida em mil.
Cada um de nós é do outro par,
e como pluma no vento, é a ti que quero chegar.

Casimiro Teixeira


quinta-feira, 18 de abril de 2019





17/4/19

Obrigada Zico por todos os dias que partilhamos, uns bons, outros nem por isso mas valeram a pena... todos eles!!!
Resistente, forte e com uma vontade de viver, incrivelmente grande!
Encontramo-nos um dia destes do outro lado.

Até lá, brilhas no meu firmamento <3 nbsp="" p="">



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019













































Torrão- Alcácer do Sal

Onde nasceu Bernardim Ribeiro, autor de Menina e Moça.
Podemos encontrar, uma casa quase acabada construída em cima de um Castro, infelizmente não foi possível visitar por estar vedado e fechado... o Lugar da Tumba ou o Monte do Enforcado.
Terra Alentejana de mistérios, casas lindas, igrejas e mosteiros perto da ruína, povo acolhedor e simpático.
Um misto de novo, renovado e antigo/ruína e todo o bucolismo que o rodeia!
Não esqueço todos os passos, o olhar e o sentir!!!











Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Morais