segunda-feira, 17 de março de 2014




Nem treva nem caos. A treva
Requer olhos que vêem, como o som.
E o silêncio requer o ouvido,
O espelho, a forma que o povoa.
Nem o espaço nem o tempo. Nem sequer
Uma divindade que premedita

O silêncio anterior à primeira
Noite do tempo, que será infinita.

Jorge Luís Borges





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