terça-feira, 29 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Um Amor
Aproximei-me de ti; e tu, pegando-me na mão,
puxaste-me para os teus olhos
transparentes como o fundo do mar para os afogados. Depois, na rua,
ainda apanhámos o crepúsculo.
As luzes acendiam-se nos autocarros; um ar
diferente inundava a cidade. Sentei-me
nos degraus do cais, em silêncio.
Lembro-me do som dos teus passos,
uma respiração apressada, ou um princípio de lágrimas,
e a tua figura luminosa atravessando a praça
até desaparecer. Ainda ali fiquei algum tempo, isto é,
o tempo suficiente para me aperceber de que, sem estares ali,
continuavas ao meu lado. E ainda hoje me acompanha
essa doente sensação que
me deixaste como amada
recordação.
Nuno Júdice
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
José Gomes Ferreira
quinta-feira, 17 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
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Casal de Falcões Nidifica numa floreira, aqui podemos ver o dia a dia do casal e dos seus seis lindos filhotes :)
sábado, 12 de maio de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.
William Shakespeare
sábado, 5 de maio de 2012
Crespúsculo
É quando um espelho, no quarto,
se enfastia;
Quando a noite se destaca
da cortina;
Quando a carne tem o travo
da saliva,
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
Quando a força de vontade
ressuscita;
Quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
E quando às sete da tarde
morre o dia
- que dentro de nossas almas
se ilumina,
com luz lívida, a palavra
despedida.
David Mourão Ferreira
se enfastia;
Quando a noite se destaca
da cortina;
Quando a carne tem o travo
da saliva,
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
Quando a força de vontade
ressuscita;
Quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
E quando às sete da tarde
morre o dia
- que dentro de nossas almas
se ilumina,
com luz lívida, a palavra
despedida.
David Mourão Ferreira
sexta-feira, 4 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Um dia
Um dia
vou dizer-te,
a versão eloquente
de quem fomos,
vou dizer-te,
a versão eloquente
de quem fomos,
…dizer-te
dum pretérito simples,
e do futuro condicional
incerto.
dum pretérito simples,
e do futuro condicional
incerto.
Leremos livros
de odores ligeiros
saboreando chás
de sabores diversos,
de odores ligeiros
saboreando chás
de sabores diversos,
Diremos poemas
inventaremos núpcias
juraremos juras
e cantaremos versos,
inventaremos núpcias
juraremos juras
e cantaremos versos,
Descobriremos portos,
barcos, travessias,
tormentas brancas
e algumas calmarias…
barcos, travessias,
tormentas brancas
e algumas calmarias…
Tudo isto amor,
e nada mais,
brandos e contemplativos,
e nada mais,
brandos e contemplativos,
eu prometo,
…um dia
Teresa Cunha
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