domingo, 22 de abril de 2012
Mãe
Comecei a escrever alguma coisa bonita para acompanhar a flor e acabei por recordar momentos que passamos juntas. Lembrei-me da tua colecção de lãs e da magia que era olhar para elas, das tuas amostras de bordados, das roupinhas que sairam das tuas mãos, lembro-me em especial da camisa de noite com estrelas e planetas!!!
Ensinaste-me a costurar, a bordar, a cozinhar e a limpar o pó (não era lá muito interessante!). Ouvi-te dizer Guerra Junqueiro e li os teus livros todos.
Era uma gralha e pelos vistos teimosinha, estraguei alguns dos teus lenços de seda por isso mesmo!
Tiveste muita paciência para as camisas largas, o boné velho que não largava e as manias de que era crescida e foste-me adivinhando quando estava doente ou triste, ainda hoje o fazes.
Discordamos muitas vezes, discutimos mas é contigo sempre que eu posso contar, incondicionalmente.
Um abraço, mãe, por existires e um beijinho por me teres feito como eu sou!!!
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