terça-feira, 6 de dezembro de 2011



Tempo de Poesia

Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.

Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia

Todo o tempo é de poesia

Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas que a amar se consagram.

Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.

Todo o tempo é de poesia.

Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.

António Gedeão

2 comentários:

Dulce disse...

fantástico este por do sol, quanto ao poema adoro António Gedeão...bjitos.

Magias disse...

Temos Poesia linda...
Um beijinho Dulce :)