segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
João e o Pardalito de Bico Amarelo
A Ilustradora (Ana Bossa), a Escritora (Isabel Loureiro), a
Editora da QuebraNozes e o Representante do El Corte Inglês.
Ao fundo um piano vertical que foi um dos meus encantos!!!
As caixinhas Mágicas da Ana!!!
As criações da Ana que são uma delicia para os olhos!!!
Vale a pena ler o livro e dar uma vista de olhos pelo blog
O Pardalito de Bico Amarelo
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Lançamento de um Livro Infantil
Vale a pena ir ver.
A história é muito interessante e os trabalhos de ilustração de Ana Bossa são espectaculares.
Há umas Caixas Mágicas que vale a pena ver de perto!!!
Blog O Pardalito de Bico Amarelo
domingo, 20 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Quando o amor é uma casa abandonada..
Outrora era a mais bonita das frontarias daquela rua.
Caiada de um puro branco, debruada num amarelo ocre, orgulho de quem lá vivia.
Aquela rua tinha um nome, hoje esquecido, arrancado ao podre cimento que cai. Cai como uma avalanche diária, num triste espectáculo de desolação.
...Chamam-lhe, agora, a Rua dos Desencontros, onde a Felicidade, eterna noiva de um Príncipe de fantasia, assomava à janela, em busca da tão desejada companhia.
A Felicidade, moça jovem e viçosa, prendada de dotes e mais dotes que faziam dela a mais cobiçada. E a todos negou abrigo, ou até mesmo um mero postal de palavras, entre o que se chamava bons modos e a distância de um atrevimento mais másculo, cheiro de cavalo com os poros em brasa, efervescentes.
Do outro lado daquela – outrora – bela rua, morava um rapaz discreto, olhar distante que carregava uma doce e quase perfeita simpatia. Aquele andar andrajoso, numas calças à boca de sino, o mexer de uns longos braços ajeitava-lhe um colarinho de aviador, enquanto caminhava no seu ditoso destino. E era esse mesmo o seu nome, Maurício Despenteado Pelo Destino.
Encontravam-se naquele caminho, uma espécie de atalho entre a Felicidade e o Destino e, em cada uma dessas vezes, os olhares paravam, desamparados, como quem não pode fugir de um fogo veloz, muito mais rápido que o bater das horas na torre da Igreja, presenteada com um belo e moderno sino. Invariavelmente, deixavam-se apanhar e – fingindo uma fuga ao que os seus peitos já ditavam – entrelaçavam as mãos, ganhavam coragem e corriam, corriam, corriam. Corriam até mais não poder, onde a Inveja - vizinha matreira - os não pudesse conter; Onde o Ciúme, forasteiro à rua, os não pudesse ver; Onde o Mal, presidente de Junta, os não conseguisse recolher.
Caíam de costas, num prado verde e fresco, todo ele macio. A mais doce camuflagem para a chegada da Cumplicidade, velha doce, velha sabia; E, com ela, uma cesta de piquenique que deixava sem produzir qualquer alardo ou estragar o congelado momento. Cruzada em vime, tapada em pano quadriculado vermelho, outras vezes azul, mas sempre imaculado, trazia uma compota de Paixão, pão feito no forno fundido de dois peitos e o sumo. O sumo do Coração.
Tudo isto foi tão belo, até que – um dia – chegado à cidade o tal Príncipe da Fantasia, logo questionou os locais sobre a existência de uma bela donzela que vivia na Rua do Nome Esquecido – agora Rua dos Desencontros – e que ostentava, para além de uma estonteante beleza, o nome de Felicidade. Os capítulos que se seguem não farão jus a uma história de amor verdadeiro.
Numa daquelas manhãs em que o Destino, de nome Maurício, esperava a sua bela e desejada Felicidade, a meio caminho daquele atalho bendito, eis que os seus olhos se ensanguentam, na mais pavorosa visão que lhe tinha sido dada a conhecer. A sua amada, toda ela enfeitada, sorriso nos lábios e brilho jocoso por debaixo daquelas repuxadas pestanas, devassou o caminho, montada num coche dourado, puxado a corcéis de prata e rodeada de uma escolta de soldados de cabeça pontiaguda, lanças nas mãos e armadura de bronze.
Ajoelhou-se, ao vê-la passar, ao encontro do seu valente e garboso Príncipe sem, contudo, receber um simples olhar de regresso. Naquele momento, as suas mãos crisparam-se, os olhos cegaram de tristeza e o seu coração, esse, transformou-se em gesso.
Feliz, a prometida, ia de encontro ao Príncipe de Fantasia que, veio a saber-se mais tarde, se chamava Ilusão. Príncipe Ilusão, da Terra das Miragens, dono e senhor da Efeméride das Claras em Castelo.
Desde esse fatídico dia, pouco se sabe sobre o que resta da história de ambos. Hoje o Destino é uma argamassa de dor, que não se encontra em lado algum. Nem aqui, nem ali, nem lá longe, seja lá onde for; A Felicidade perdeu o amor, pois naquela vaidade, subiu a uma carruagem dourada, que derreteu ao calor. O seu Príncipe de Fantasia, Senhor Ilusão, contou-lhe um dia que tinha um Castelo daqueles por cada uma das donzelas que lhe eram apontadas pela sua fiel conselheira – a Ambição.
Outrora, aquela casa era a mais bonita daquela rua. Rua do Nome Esquecido, Rua dos Desencontros ou, como mais sabiamente lhe chamam – Rua dos Desperdícios do Coração.
Abandonada, caída. Aguarda o momento do sangrento festejo – a sua demolição.
Caiada de um puro branco, debruada num amarelo ocre, orgulho de quem lá vivia.
Aquela rua tinha um nome, hoje esquecido, arrancado ao podre cimento que cai. Cai como uma avalanche diária, num triste espectáculo de desolação.
...Chamam-lhe, agora, a Rua dos Desencontros, onde a Felicidade, eterna noiva de um Príncipe de fantasia, assomava à janela, em busca da tão desejada companhia.
A Felicidade, moça jovem e viçosa, prendada de dotes e mais dotes que faziam dela a mais cobiçada. E a todos negou abrigo, ou até mesmo um mero postal de palavras, entre o que se chamava bons modos e a distância de um atrevimento mais másculo, cheiro de cavalo com os poros em brasa, efervescentes.
Do outro lado daquela – outrora – bela rua, morava um rapaz discreto, olhar distante que carregava uma doce e quase perfeita simpatia. Aquele andar andrajoso, numas calças à boca de sino, o mexer de uns longos braços ajeitava-lhe um colarinho de aviador, enquanto caminhava no seu ditoso destino. E era esse mesmo o seu nome, Maurício Despenteado Pelo Destino.
Encontravam-se naquele caminho, uma espécie de atalho entre a Felicidade e o Destino e, em cada uma dessas vezes, os olhares paravam, desamparados, como quem não pode fugir de um fogo veloz, muito mais rápido que o bater das horas na torre da Igreja, presenteada com um belo e moderno sino. Invariavelmente, deixavam-se apanhar e – fingindo uma fuga ao que os seus peitos já ditavam – entrelaçavam as mãos, ganhavam coragem e corriam, corriam, corriam. Corriam até mais não poder, onde a Inveja - vizinha matreira - os não pudesse conter; Onde o Ciúme, forasteiro à rua, os não pudesse ver; Onde o Mal, presidente de Junta, os não conseguisse recolher.
Caíam de costas, num prado verde e fresco, todo ele macio. A mais doce camuflagem para a chegada da Cumplicidade, velha doce, velha sabia; E, com ela, uma cesta de piquenique que deixava sem produzir qualquer alardo ou estragar o congelado momento. Cruzada em vime, tapada em pano quadriculado vermelho, outras vezes azul, mas sempre imaculado, trazia uma compota de Paixão, pão feito no forno fundido de dois peitos e o sumo. O sumo do Coração.
Tudo isto foi tão belo, até que – um dia – chegado à cidade o tal Príncipe da Fantasia, logo questionou os locais sobre a existência de uma bela donzela que vivia na Rua do Nome Esquecido – agora Rua dos Desencontros – e que ostentava, para além de uma estonteante beleza, o nome de Felicidade. Os capítulos que se seguem não farão jus a uma história de amor verdadeiro.
Numa daquelas manhãs em que o Destino, de nome Maurício, esperava a sua bela e desejada Felicidade, a meio caminho daquele atalho bendito, eis que os seus olhos se ensanguentam, na mais pavorosa visão que lhe tinha sido dada a conhecer. A sua amada, toda ela enfeitada, sorriso nos lábios e brilho jocoso por debaixo daquelas repuxadas pestanas, devassou o caminho, montada num coche dourado, puxado a corcéis de prata e rodeada de uma escolta de soldados de cabeça pontiaguda, lanças nas mãos e armadura de bronze.
Ajoelhou-se, ao vê-la passar, ao encontro do seu valente e garboso Príncipe sem, contudo, receber um simples olhar de regresso. Naquele momento, as suas mãos crisparam-se, os olhos cegaram de tristeza e o seu coração, esse, transformou-se em gesso.
Feliz, a prometida, ia de encontro ao Príncipe de Fantasia que, veio a saber-se mais tarde, se chamava Ilusão. Príncipe Ilusão, da Terra das Miragens, dono e senhor da Efeméride das Claras em Castelo.
Desde esse fatídico dia, pouco se sabe sobre o que resta da história de ambos. Hoje o Destino é uma argamassa de dor, que não se encontra em lado algum. Nem aqui, nem ali, nem lá longe, seja lá onde for; A Felicidade perdeu o amor, pois naquela vaidade, subiu a uma carruagem dourada, que derreteu ao calor. O seu Príncipe de Fantasia, Senhor Ilusão, contou-lhe um dia que tinha um Castelo daqueles por cada uma das donzelas que lhe eram apontadas pela sua fiel conselheira – a Ambição.
Outrora, aquela casa era a mais bonita daquela rua. Rua do Nome Esquecido, Rua dos Desencontros ou, como mais sabiamente lhe chamam – Rua dos Desperdícios do Coração.
Abandonada, caída. Aguarda o momento do sangrento festejo – a sua demolição.
Rui Mãos de Cenoura
domingo, 13 de fevereiro de 2011
The River
Saudades do Tempo em que os amigos não tinham AVCs repetidos, não morriam de cancro ou qualquer outra coisa parecida.
Saudades de quando acreditava piamente na amizade, na sinceridade, no amor... (assobiando para o ar)... parvoíces!!!
É bom ter crescido e continuar a acreditar (mas mais devagarinho)!!!
Estou a ouvir o meu Phoenicurus phoenicurus a fazer-me uma serenata :)
Obrigada pela informação Caldas.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
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